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“NÃO RECONHECEMOS NINGUÉM QUE NÃO SEJA DESSA LISTA” DIZ COORDENADOR DO SINDICATO DOS SERVIDORES DA UFSJ SOBRE NOMEAÇÃO À REITORIA

Foto: Ascom/UFSJ

Carol Rodrigues
Notícias Gerais

O Sindicato dos Servidores da Universidade Federal de São João del-Rei (Sinds UFSJ) está preocupado com a situação que envolve a nomeação do novo reitor ou reitoria da instituição, depois do Ministério da Educação (MEC) encerrar o mandato do então reitor, professor Sérgio Cerqueira, sem definir o seu sucessor.

Em entrevista ao Notícias Gerais, o coordenador-geral do Sinds UFSJ, Denilson Ronan de Carvalho, declara que o sindicato enxerga com apreensão a não nomeação do próximo reitor da universidade. “A lista tríplice, eleita pelo colégio eleitoral de forma legítima, já tinha sido encaminhada há bastante tempo”, diz. 

De acordo com o MEC, a atual gestão se encerrou no dia 4 de maio e, como ainda não houve nomeação da próxima pessoa a ocupar o cargo, a UFSJ está sem reitor definitivo. As atividades da Reitoria seguem no comando do vice-reitor, Valdir Mano, que ainda tem período de mandato vigente. A expectativa é de que o nome saia da lista tríplice, que foi eleita em 2019 e enviada ao Ministério da Educação. 

“Me parece bastante preocupante essa situação, uma vez que mostra a desorganização do próprio governo, em especial o MEC, que não tem nenhum tipo de apreço pelas universidades, pela democracia que impera nas universidade e pela autonomia das universidades”, declara o coordenador geral do Sinds UFSJ.

Últimas eleições

Em 2019, professores, servidores e alunos da UFSJ elegeram democraticamente, no dia 26 de novembro, os candidatos que compõem a lista tríplice, que foi enviada ao MEC.

Segundo a Lei 9.192/1995, o presidente tem a prerrogativa de nomear qualquer um dos nomes da lista tríplice para reitor. Normalmente, o escolhido é o mais votado dos três pela comunidade acadêmica, como ocorreu nos últimos 15 anos.

No entanto, no governo do presidente Jair Bolsonaro, isso não tem acontecido. Metade das 12 universidades que elegeram seus reitores em 2019 não teve a primeira opção respeitada. 

Para garantir o processo democrático, o Sinds UFSJ espera que o nome escolhido saia da lista tríplice, que foi encaminhada ao MEC em 2019, “fora isso, é antidemocrático, é golpe, não conhecemos ninguém que não seja dessa lista”, defende Denilson.

A esperança é que a nova nomeação aconteça até esta quinta-feira (7). “Se não for o caso, que a gente possa estar tomando as devidas medidas”, aponta o sindicalista, sobre a manutenção da autonomia e democracia dentro das universidades. 

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