Início Gerais Cotidiano “VIDA, PÃO, VACINA E EDUCAÇÃO”: CAMPANHA MOBILIZA ESTUDANTES

“VIDA, PÃO, VACINA E EDUCAÇÃO”: CAMPANHA MOBILIZA ESTUDANTES

Foto: Wanderson Nascimento

Juan Passos Szczypior
Noticias Gerais

Nessa terça-feira (30), o movimento estudantil “Vida, Pão, Vacina e Educação” tomou conta de todo o pais. Apoiada por entidades do Brasil inteiro, a iniciativa partiu da União Nacional dos Estudantes (UNE) e a hashtag #vidapãovacinaeducação está entre as mais comentadas de redes sociais como o Twitter.

O Noticias Gerais conversou com Lucas Ferreira da Silva, 1º secretário do Diretório Central dos Estudantes (DCE – UFSJ), que é o departamento responsável por trazer o movimento a São João del-Rei e representar os estudantes da UFSJ nessa luta. Confira:

Foto: Arquivo pessoal

Do que se trata a campanha?

Essa campanha surgiu a partir de um acumulo de discussões da União Nacional dos Estudantes (UNE) com a sua base. O objetivo é fazer uma cobrança ao governo federal, estadual e municipal sobre as principais pautas que tem mobilizado a classe trabalhadora.

Quais as reivindicações que ela faz ao governo?

As principais reivindicações ao governo são a revisão da LOA 2021 que retira recursos do SUS e do MEC, o que inviabiliza a campanha nacional de vacinação, a permanência estudantil e o ingresso de novos estudantes – filhos da classe trabalhadora – que entrarão na Universidade pelo SISU, Pro-Uni e FIES. Cobramos uma postura responsável diante do que tem sido indicado pelo SUS e autoridades sanitárias no combate à pandemia: lockdown, toque de recolher, uso de máscaras e a não utilização de medicamentos sem comprovação científica de eficácia (kit preventivo da covid-19), uma política econômica de auxílio emergencial que garanta segurança alimentar, congelamento dos preços do aluguel, combustível, cesta básica, água e luz, e pela derrubada desse governo negacionista que é o maior responsável pelas mais 300 mil mortes.

São João del Rei formou recentemente a “Frente Fora Bolsonaro”, que reivindica: Vacina Já! Para todes!, a volta do Auxílio Emergencial no valor mínimo de R$600 reais e Fora Bolsonaro. A campanha reúne as principais pautas de um calendário nacional de lutas que surgiu a partir da unidade entre a Frente Brasil Popular, Frente Povo Sem Medo, centrais sindicais e movimentos sociais.

Qual é a sua avaliação sobre esse momento político?

As avaliações variam entre os espaços que componho, a organização que construo “Afronte” é um coletivo de juventude, anti-capitalista. O balanço desse momento é de uma evidente crise sanitária, ambiental, política e econômica, e a sua superação só será possível com a construção de um mundo novo. Que desmonte a estrutura racista, misógina, que rompa com a opressão das identidades de gênero, orientação sexual, capacitismo e as demais opressões que dão base para as nossas relações em sociedade.

Já o DCE-UFSJ, no qual ocupo o cargo de 1º secretário, reúne várias perspectivas políticas e visões de mundo. O que temos tirado como linha política nas nossas reuniões do Conselho de Entidades de Base (CEB), que reúne Centros Acadêmicos (CAs), Diretórios Acadêmicos (DAs), vai ao encontro à luta nacional da categoria estudantil, contra os cortes no MEC, pela permanência estudantil, pela moradia estudantil, e pela manutenção dos auxílios emergenciais, das bolsas de mestrado e de pesquisa. Nossa unidade com o SIND-UFSJ e ADUFSJ tem colaborado muito com a nossa avaliação do cenário local. Os estudantes, na sua maioria, têm acordo com as lutas que temos travado.

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