João Pedro Justino
Especial para o Notícias Gerais
Para entender a rotina por trás das máscaras em São João del-Rei e região, entrevistei quatro trabalhadores de setores diferentes. Confira abaixo a entrevista com Poliana dos Santos, técnica de enfermagem do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Resende Costa. Nessa conversa, ela comenta sobre as medidas tomadas no seu trabalho, o impacto da pandemia na sua vida e na região e destaca a informação como um dos melhores tratamentos para a pandemia.
“Isso traz uma segurança de que ninguém tá largado. Acho isso importante. O que não vem acontecendo em São João (del-Rei). Acredito que o sigilo paciente deve ocorrer, mas até que ponto? Não é vergonha nenhuma. Todos estão sujeitos a estar infectados” informa Poliana, que concorda com a posição da secretaria de saúde de Resende Costa – sobre a divulgação de orientações e informações do quarto caso confirmado com a doença na quinta-feira (16).
Poliana atesta que o isolamento e a distância social continuam sendo as principais orientações médicas para conter o vírus. Reforça que a hospitalização só é indicada no agravamento da doença, como quando observada a falta de ar no paciente. Neste momento, o serviço do 192 pode ser acionado para prestar o atendimento necessário.
O coração de quem está na linha de frente bate forte. A preocupação de Poliana mora em casa, mas é vista todos os dias nos outros.
“É muito desesperador às vezes eu sair pra trabalhar, ver que eu deixo em casa meu filho, meu sogro e minha sogra, e as outras pessoas não dão valor para a vida deles, nem a minha. Vamos olhar para o outro. É um momento de união. (…) Quem puder, fica em casa! A gente se sente mais seguro de trabalhar”, pede a enfermeira.
