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PF INVESTIGA EMPRESÁRIOS E POLÍTICOS MINEIROS FURA-FILAS

Imagem: iStock

Redação
Notícias Gerais*

A Polícia Federal deflagrou hoje (26) a Operação Camarote, por meio da qual investiga “suposta importação” e “administração irregular de vacinas” que teria ocorrido na garagem da empresa de viação Saritur, em Belo Horizonte (MG).

As suspeitas de que a vacina teria sido aplicada irregularmente na garagem da Saritur surgiram após a divulgação de um vídeo, em matéria publicada no site da revista Piauí. De acordo com a revista, estão entre os cerca de 50 fura-filas os irmãos Rômulo e Robson Lessa, donos da viação Saritur e o ex-senador Clésio Andrade, ex-presidente da Confederação Nacional do Transporte (CNT).

A vacina teria sido importada e administrada irregularmente a políticos e empresários que desrespeitaram a fila de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS). Pelo SUS, a vacinação é feita obedecendo ao critério da idade do paciente (quem precisa mais) e não o de quem pode pagar pelo imunizante.

Há 20 adias, o Congresso Nacional aprovou um projeto de lei do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que autoriza a compra de vacinas pela iniciativa privada, mas determina que todas as doses devem ser doadas ao SUS até que os grupos de risco sejam imunizados, o que ainda não ocorreu.

O Ministério da Saúde estima que os grupos de risco totalizem 77,2 milhões de pessoas e o Brasil vacinou menos de 15 milhões de pessoas até agora. Esta semana, a Justiça Federal derrubou a exigência da doação, em decisão que ainda cabe recurso.

Mandatos cumpridos em BH

Quatro mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos por determinação da 35ª Vara Federal Criminal de Belo Horizonte, com o objetivo de “angariar provas acerca dos fatos noticiados”.

De acordo com a PF, a suspeita é de que houve importação irregular e receptação de vacinas contra covid-19, o que configuraria a prática dos delitos segundo o Código Penal, tanto pelos importadores como pelos que teriam recebido a vacina.

O delito poderá ser agravado caso tenha ocorrido antes de a lei que aprova o uso da vacina ter entrado em vigor ou caso ela tenha sido aplicada antes de seu registro junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

* Com informações da Agência Brasil e da revista Piauí.

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