Início Trabalho Negócios NEGÓCIOS: PLATAFORMAS DE DELIVERY CRESCEM NA QUARENTENA

NEGÓCIOS: PLATAFORMAS DE DELIVERY CRESCEM NA QUARENTENA

Foto: Valter Campanato

João Pedro Justino
Especial para o Notícias Gerais

Com os estabelecimentos comerciais não essenciais de portas fechadas por causa do avanço do novo coronavírus na região, um ramo que tem superado a crise é o de vendas a domicílio, mais especificamente, as plataformas que facilitam este consumo delivery.

A plataforma digital UaiRango registra “um aumento considerável no serviço de entregas”, enquanto a AiQFome, sua concorrente na região, relacionou o aumento de pedidos a estratégias de marketing da empresa.

Segundo Diego Meneses de Souza, responsável pela expansão do UaiRango e captação de novos estabelecimentos, o aplicativo alcançou mais cinco cidades e possui algumas em fase de cadastramento.

Em operação desde 2016, o serviço está presente, hoje, em 109 cidades de seis estados: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rondônia, Ceará e Bahia. Só em São João del-Rei, mais de 350 estabelecimentos que comercializam bebidas, marmitarias e fast food estão cadastrados.

Presente em mais de 200 cidades, em 19 estados, o AiQFome, por sua vez, existe desde 2007. Na região, oferece o serviço de entrega de refeições para São João del-Rei, Barbacena e Tiradentes.

Sobre o aumento de entregas no período da quarentena, Thatiana Andrade G. C. Almeida, responsável pelo gerenciamento, operacional e estratégias do AiQFome, indica que “as cidades que tenham sido inauguradas nessa região foram cidades que já estavam em processo de implantação e que não sofreram nenhuma influência da quarentena”.

Diferente do iFood, outro conhecido aplicativo deste ramo, os entregadores não se cadastram diretamente na plataforma. No UaiRango ou no AiQFome, o estabelecimento é que se associa ao aplicativo. Mesmo assim, ambas empresas fizeram campanhas de incentivo ao uso de álcool em gel e lavagem das mãos.

Permanência incerta e tradição

“Não dá pra saber se esses estabelecimentos ficarão depois da pandemia, mas tenho certeza que alguns devem estar se surpreendendo com as vendas”, aponta Diego sobre os nos estabelecimentos adeptos à venda on-line. O restaurante Come Quieto, que é de propriedade da Carolina Guimarães, entrevistada no #PorTrásDasMáscaras – 01, é um dos recém-cadastrados no Uai Rango.

Mas apesar da abonança, Diego aponta resistência de alguns estabelecimentos: “O fato do parceiro não poder se deslocar e ter que fazer tudo on-line não facilita muito. Como atuamos no interior, muitos estabelecimentos são tradicionalistas – e até ortodoxos – nos meios de venda. Ainda preferem ficar quatro, cinco minutos para atender um pedido por telefone do que conseguir fazer isso em dez segundos pelo aplicativo (UaiRango)”, comenta.

Restrições a comida oriental

Um caso de destaque do grupo AiQFome durante as vendas no período da pandemia de Covid-19 envolve o consumo de comida japonesa.

“Na primeira semana de distanciamento social, esses restaurantes tiveram que fazer promoções para vender todo o estoque de peixe que possuíam, visto que boa parte do produto era vendido para consumo dentro do restaurante e não seria mais possível fazer essa venda, além de ser um produto que deve ser vendido fresco” afirma Thatiana.

Depois do período inicial, os restaurantes se adequaram para a nova realidade de pedidos.

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