Início Gerais Cotidiano LIVE DISCUTE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM TEMPOS DE COVID-19

LIVE DISCUTE VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER EM TEMPOS DE COVID-19

imagem: reprodução

Falar sobre a violência contra a mulher é sempre importante, mas essa discussão ganha um peso diferente quando entra outro fator na equação: o confinamento. Com o avanço da Covid-19, o recomendado é que se mantenha o isolamento social e evite sair de casa. Mas e quando o agressor vive junto com você?

É justamente estas questões que a live “Violência contra a mulher em tempos de Covid – Situação de São João del-Rei” pretende discutir. O debate será nesta quinta-feira (30), às 19:30h, e será transmitido pelos canais do Facebook e do YouTube da ADUFSJ – Seção Sindical e do Sinds-UFSJ. 

Aumento dos números

Nesse momento de isolamento social, a violência doméstica contra a mulher é preocupante. De acordo com a diretora de Formação do Sindicato Único dos Trabalhadores da Educação de São João del-Rei (SindUte SJDR), Marina Campos – que fará parte da discussão online nesta quinta – o confinamento tem sido causa do aumento da violência contra a mulher em todo o mundo.

“Na China, este índice é exorbitante. Na França, Itália e nos países europeus que estão sendo mais afetados, isso também cresce frequentemente. Isso acontece porque, neste período, as mulheres convivem mais com seus agressores, que são maridos, companheiros, pais e irmãos, ou seja, aqueles que convivem na mesma casa”, explica.

Os números também cresceram no Brasil. De acordo com ela, o aumento da violência contra a mulher já foi sentido em vários estados, com destaque para o Rio de Janeiro, onde o crescimento foi de 50%.

Violência no Campo das Vertentes

No Campo das Vertentes, porém, as notificações da Polícia Civil revelam redução no número de casos, em relação ao mesmo período do ano passado. Mas os registros oficiais escondem uma triste realidade: a subnotificação. Muitas vezes por medo ou vergonha, grande parte das mulheres que sofrem violência não denunciam.

De acordo com uma pesquisa feita em São João del-Rei pela estudante de Arquitetura e Urbanismo da UFSJ, Mariah Barcelos, 93,9% das mulheres vítimas de violência não formalizaram denúncia à polícia.

“O ambiente familiar que potencialmente seria o lugar para acolhimento, proteção e cuidado não se mostra seguro para grande parte das mulheres”, diz Bianca Liboreiro, que faz parte do Núcleo de Estudos em Gênero Raça e Direitos Humanos (NEGAH) e também participará do debate. 

De acordo com ela, “é fundamental discutir e pautar este assunto, buscando desnaturalizar a violência e as falsas ideias de segurança e dizer dos mecanismos aos quais a mulher ou quem queira ajudá-la pode recorrer”.

Participantes

Para falar sobre o assunto, foram convidadas quatro mulheres: 

Marina Campos, diretora de Formação do Sind-UTE, sub-sede de São João del-Rei ,e membro da Executiva Nacional de Mulheres do PSOL; 

Inara Pelichek, integrante da coordenação do Fórum de Mulheres das Vertentes/2020, entidade da qual participa desde sua criação, em 2018;

Bianca Liboreio, acadêmica do curso de Psicologia da UFSJ, integrante do Projeto de Extensão Entre Idas e Vindas/UFSJ, do PET- Saúde, do Observatório de Saúde Coletiva de SJDR, do Núcleo de Estudos em Gênero Raça e Direitos Humanos (NEGAH) e do Fórum Popular de Saúde de SJDR;

Tatiana Miranda, médica de Família e Comunidade, docente da UFSJ e Uniptan.

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