Início Cultura INÉDITO: FOTÓGRAFA BRASILEIRA FAZ REGISTROS DA PANDEMIA NA ITÁLIA

INÉDITO: FOTÓGRAFA BRASILEIRA FAZ REGISTROS DA PANDEMIA NA ITÁLIA

Imagem: Denise Dietrich

Carol Rodrigues
Notícias Gerais

A Itália foi um dos países europeus que mais sofreram com a Covid-19. Até agora, são 234.013 infectados e 33.689 mortes. No entanto, com três meses de medidas rigorosas para contenção do vírus, a Itália inicia – aos poucos – a reabertura das suas fronteiras e volta à “vida normal”. A fotógrafa brasileira Denise Dietrich mora no país há três anos e fez uma série de registros que contam sobre a epidemia no local.

“Eu vivo em Novara, uma cidade com pouco mais de 100 mil habitantes, localizada ao norte da Itália. Pela proximidade de Milão e Bergamo, regiões altamente atingidas pelo Covid”, conta a fotógrafa. Denise faz parte do coletivo de fotógrafas Pixel.Ladies, formado por profissionais de diversos países para enfrentar o isolamento social.

A série feita por ela registra como a doença afetou a vida das pessoas, a cidade e o país. A epidemia do coronavírus rapidamente começou a mostrar seu efeitos em Novara. “Eram informações aterrorizantes, medidas de isolamento, cancelamento de aulas, fechamento do comércio e indústrias e finalmente a necessidade de lockdown.  Tudo isso acontecendo em poucos dias”, relata.

Fazer o ensaio foi uma forma de reencontrar vida no cotidiano, agora, em casa. “Resolvi transformar a necessidade de isolamento e a sensação de impotência diante dos fatos em algo concreto. Algo que pudesse me fazer lembrar o quanto somos frágeis e o quanto as intempéries podem transformar os hábitos e as atitudes das pessoas”, revela Denise.

As imagens contam duas partes da história: o momento de isolamento total da cidade e, aos poucos, o retorno das pessoas às ruas e a volta à “normalidade”.

As imagens retratam “a primavera que vimos passar no jardim. As flores que vimos desabrochar e se transformarem em frutos sem que pudéssemos oferecer aos amigos. A páscoa que passamos isolados. Os dias em que redescobrimos o prazer de estar em família e as coisas que recomeçamos a fazer juntos (jogar, cozinhar, ler, não fazer nada…).  A tristeza e o isolamento dos idosos que tantas vezes iam até o mural de anúncios fúnebres para ver se havia o nome de algum amigo. A solidão das pessoas nos parques e praças e finalmente o recomeço, quando lentamente a cidade começou a retomar as atividades rotineiras”, finaliza a fotógrafa.

imagem: Denise Dietrich
imagem: Denise Dietrich
imagem: Denise Dietrich
imagem: Denise Dietrich
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