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DIABÉTICOS QUE FAZEM UM CONTROLE MELHOR TEM MUITO MAIS CHANCE DE SOBREVIVER, ALERTA ENDOCRINOLOGISTA

A endocrinologista Lycia Mara Assis Costa Andrade explica que os diabéticos têm mais propensão a complicações provocadas pelo Covid-19. (Imagem: Arquivo pessoal)

André Frigo
Notícias Gerais

Os diabéticos somam 463 milhões de pessoas no mundo, de acordo com relatório da Federação Internacional de Diabetes (FID). Somente no Brasil, são 16,8 milhões de pessoas portadoras das diabetes tipo 1 ou tipo 2 e esses números não param de crescer. A pandemia provocada pelo surgimento do coronavírus tem gerado pânico entre os portadores da doença, devido às complicações que surgem em caso de contaminação pelo Covid-19

A endocrinologista Lycia Mara Assis Costa Andrade explica que os diabéticos, apesar de não correrem mais riscos de contaminação do que o restante da população, têm mais propensão a complicações provocadas pelo Covid-19.

“A diabetes descompensada dificulta o combate ao coronavírus e tem um processo de inflamação mais acentuado. A parte imunológica está mais comprometida também e então os sintomas da doença podem custar a aparecer, o que dificulta o tratamento” afirma Lycia.

Segundo ela, os diabéticos tipo 1 e 2 têm os mesmos riscos de sofrerem complicações com o Covid-19. O que vai diferenciar é fazer um bom controle da diabetes. “Quem tem um controle melhor tem muito mais chance de sobreviver”, declara.

Entre os cuidados que os portadores de diabetes devem ter, Lycia Mara destaca o controle rigoroso da glicemia, a ingestão de água com frequência e uma atividade física que possa ser feita dentro de casa. Além disso, é importante verificar a caderneta de vacinação para ver se está tudo em dia.

Questionada se houve um aumento da procura por informações, a endocrinologista afirmou que está tendo uma procura significativa de pacientes em busca de orientação. “Não só como prevenir, mas se eles podem manter todos os remédios, se devem retirar esse ou aquele medicamento. É fundamental que não deixe de tomar nenhum medicamento sem antes conversar com o médico responsável pelo tratamento”, alerta.  

Angústia para pacientes e familiares

Adelaide Rihan e seu companheiro, José da Paz Lopes, portador de diabetes tipo 2. (Imagem: Arquivo pessoal)

Entre os pacientes e familiares, a angústia é grande. Adelaide Rihan é companheira de José da Paz Lopes, 88 anos, professor aposentado de história da UFMG e portador de diabetes 2 controlada. Eles vivem esse sentimento.

Aos cuidados de sempre, como o controle glicêmico, a alimentação especial, somou-se agora a quarentena. Quando precisam de informações sobre a diabetes e sobre o coronavírus, recorrem ao médico que acompanha José.

“Emocionalmente aflita, me sinto segura em casa, resolvendo pequenos desarranjos, gavetas, armários, navegando na internet, cozinhando e aproveitando o silêncio para rever conflitos. E também buscando respostas para o que está acontecendo agora”, desabafa.

Segundo ela, José da Paz tem dormido mal, assustado com a gravidade do momento que o mundo está vivendo. “Não é surpreendente sua preocupação, seu medo às vezes aterrador. Ele já viu muita coisa, né?”, observa. 

Informação de qualidade nos blogs especializados

Patrícia Lombardi, portadora de diabetes tipo 1, se informa sobre os cuidados em blogs especializados. (Imagem: Arquivo pessoal)

Patrícia Lombardi, 27 anos, desempregada, é portadora da diabetes tipo 1. Consciente de que está incluída no grupo de risco, está seguindo todas as recomendações, que incluem sair somente quando necessário, manter a glicose estável, se hidratando, mantendo uma alimentação saudável e tomando vitaminas que ajudam a completar a imunidade.

Ela procura se manter informada sobre a pandemia do coronavirus. “Busco informações na internet e sigo ‘blogueiros diabéticos’, que passam informações de qualidade e orientações” afirma. Entretanto, não confia nas autoridades sanitárias.

“Por tudo que escuto e vejo na televisão, acredito que nosso país não têm condições de tranquilizar a população. A demora do resultado dos exames, a falta de vagas nas UTIs e de aparelhos para combater a falta de ar são exemplos claros de que não estamos preparados”, enfatiza.

Quem tiver interesse em se informar mais sobre o assunto, Lombardi recomenda os seguintes perfis no Instagram: @diabetestiporuim; @noellydantas; @ biabeticae @vidadediabético

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