Início Cultura CORAL UNIMED HOMENAGEIA ÀS 160 MIL VÍTIMAS DA COVID-19

CORAL UNIMED HOMENAGEIA ÀS 160 MIL VÍTIMAS DA COVID-19

Assessoria Unimed

A pandemia trouxe mudanças e limitações vencidas pelas 29 mulheres atendidas
pelo Núcleo de Saúde Integral, beneficiárias ou não da Unimed São João del
Rei, que participaram do quarto desafio proposto pelo regente Carlos Eduardo
Assis Camarano. O vídeo foi preparado durante o mês de outubro e veiculado
no dia 2 de novembro.

A apresentação, uma homenagem às mais de 160 mil vítimas da pandemia da
Covid-19, trouxe a interpretação do Pai Nosso, de Albert Malotte, com
participação dos corais da Unimed, Da boca pra fora e Doce Melodia Aposvale
BH.

Superação expressa em desafios que não se resumem apenas naqueles impostos
pelo contexto atual, o qual virtualizou até as relações familiares, mesmo com
todas as dificuldades de acessibilidade. Porém, eles são vencidos pelo encontro
de vozes afinadas que interpretam canções conhecidas em todos os âmbitos.

Os ensaios acontecem semanalmente e as apresentações são preparadas em
forma de desafio, que aumenta o nível de dificuldade de execução a cada novo
trabalho. Além dessa última, foram realizadas outras três interpretações. Uma
delas foi da obra Pátria Minas, de Marcus Viana, e a outra foi Sabiá, do
compositor sanjoanense Osvaldo de Paula.

Na penúltima apresentação, o grupo optou por fazer uma mistura das canções
Trenzinho Caipira, de Heitor Villa-Lobos, com a letra do Ferreira Gullar;
Desenredo, Dori Caymmi e Paulo César Pinheiro; e Baião Barroco, do compositor
mineiro Juarez Moreira.

Os vídeos estão disponíveis no canal de Carlos Eduardo no Youtube (Kadu Assis);
no Instagram (kaduascam); e no Facebook (carloseduardo.assis.7). Ao todo, as
apresentações já somam milhares de visualizações. Além de regente, Carlos é
professor do Conservatório Estadual.

Mudança de perspectiva

No início da pandemia, Ana Lúcia Chaves, que é viúva, falava com os filhos por
telefone ou quando vinham à porta de sua casa para vê-la. Ela relata que o
surto da Covid-19 e a necessidade em ficar em distanciamento social trouxe
ansiedade, o que lhe causou taquicardia e insônia. “Senti muita falta da
convivência com minha família, meus amigos. Embora more sozinha, gosto de
sair, encontrar com as pessoas”, afirma Ana Lúcia.

Mas este cenário mudou quando a integrante do Coral da Unimed voltou a ter
ensaios na modalidade virtual, junto às demais participantes. “O coral é uma
das atividades que faço e sinto muito prazer em realizá-la. Neste período tão
difícil de isolamento, o coral tem sido ainda mais importante, pois inovou e tem
sido uma ocupação, uma terapia”, defende. “O Carlos [regente] tem um
excelente repertório e nos desafia nesse período a vencer muitas limitações,
ao nos propor a gravação de vídeos”.

As mudanças positivas trazidas pelo retorno das atividades foram visíveis para
o professor Carlos Eduardo, carinhosamente chamado de Kadu. “Para elas, sinto
que teve um ganho muito grande na saúde emocional, no psicólogo. Porque
[com os ensaios] não se sentiam totalmente isoladas por estarem ali, mesmo
que de forma virtual, e terem a possibilidade de se encontrarem. Além disso,
melhoraram a autoestima, ao se sentirem ativas e poderem exercer uma
atividade”, explica.

Projeto Coral Unimed
O projeto surgiu em 2011, como forma de apresentar uma nova possibilidade
de vida para essas mulheres. O objetivo é proporcionar a melhoria do humor,
reduzir o estresse e a agitação, de forma a promover interações sociais
positivas, melhoria da coordenação motora e da cognição.

De acordo com a coordenadora técnica do Núcleo de Saúde Integral, Christiane
Fernandes, “existem vários estudos que apontam para a potencial da música
enquanto aglutinadora de pessoas e minimizadora dos problemas causados pela
solidão, causada pela mudança na rotina com a diminuição de atividades na
vida de idosos”, argumenta.

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