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BARBACENA PODE RESTRINGIR ATIVIDADES COMERCIAIS APESAR DA POSIÇÃO DA MACRORREGIÃO NO MINAS CONSCIENTE, DIZ SES MG

Barbacena, na segunda (25), após a flexibilização de parte das atividades comerciais. Foto: Najla Passos.

Kamila Amaral
Notícias Gerais

Apesar de ser a cidade mineira com maior incidência de casos de Covid-19 por 100 mil habitantes, Barbacena entrou na “onda branca”, do programa “Minas Consciente – Retomando a economia do jeito certo” nesta segunda (25)

Em nota, publicada no domingo (24), a prefeitura apontou que “todas as decisões do município referentes à adesão ao programa Minas Consciente foram tomadas embasadas por decisões e orientações da macrorregião Centro-Sul de Saúde, não estando o município apto a adotar medidas que sejam diferentes daquelas acordadas pelos demais municípios pertencentes à macrorregião”. 

A reportagem do Notícias Gerais entrou em contato com a administração municipal na tarde desta terça (26), que reafirmou o pronunciamento feito no domingo.

No entanto, em resposta à uma solicitação do NG, a Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) aponta que “os municípios que tiverem casos particulares e/ou situações especificam (sic) podem avaliar se devem retroagir, sendo mais restritivos do que o Plano, por exemplo”. 

A secretaria estadual lembra que “o Minas Consciente trabalha a partir da recomendação por macrorregião, uma vez que o sistema de saúde é organizado por macrorregiões. Barbacena está vinculada à macro Centro Sul que tem como recomendação atual a onda branca”.

A SES ainda reforça que, caso a macrorregião apresente uma piora em relação a pandemia do novo coronavírus, a recomendação é que todos os municípios da região retornem para a onda verde. A Secretaria de Saúde, juntamente com o Governo do Estado de Minas Gerais, acompanha semanalmente os dados para identificar junto às macrorregiões, em qual “onda” cada uma deve funcionar.

Determinação do Conselho de Saúde

Ainda no fim de semana anterior a flexibilização de parte do comércio, o Conselho de Saúde de Barbacena determinou que o decreto que transfere a cidade para a “onda branca” fosse suspenso. 

A determinação levou em conta a descoberta da situação da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar), em Barbacena, que até então havia confirmado 90 casos de Covid-19 entre seus integrantes. 

Ainda antes da descoberta dos casos da Epcar, o Conselho de Saúde de Barbacena não era favorável a entrada da cidade na “onda branca”. “Nós estávamos no processo de abertura, mas na onda verde, que é a primeira onda do (programa do) estado. Aí fizeram uma avaliação equivocada, que não era a avaliação que tinha que ser feita, e colocaram a gente na onda branca”, afirma a presidente do Conselho Municipal de Saúde, Carmem Lúcia Werneck. 

A denúncia foi confirmada pela Secretaria Municipal de Saúde de Barbacena, durante coletiva de imprensa realizada na noite desta segunda (25) e transmitida nas mídias sociais da Prefeitura. “Gostaria de frisar que quando nós aderimos, na semana passada, ao ‘Minas Consciente’, o Estado de Minas Gerais nos orientava que nós iríamos avançar, na retomada gradativa do comércio, na ‘onda verde’. Em menos de 24 horas, o estado deliberou que nossa macrorregião iria para a ‘onda a branca’, disse a secretária municipal de saúde, Marcilene Dornellas.

Para a presidente do Conselho, mesmo antes da situação com a Epcar vir a público, pelos critérios estabelecidos pelo próprio ‘Minas Consciente’, Barbacena não deveria estar na onda branca. “Tinha que ter os leitos necessários na macrorregião toda e não tinha ainda. Na reunião (em que ficou decidido que a macrorregião Centro-Sul iria aderir ao Minas Consciente), eles disseram que a gente podia restringir as atividades comerciais se quisesse, mas agora eles falam que não. O Estado muda todo dia as regras”, declara Werneck. 

Outra crítica feita ao governador Romeu Zema (NOVO) é de que ele não está contribuindo com a montagem e manutenção dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) das cidades mineiras. “Quem está fazendo isso são os municípios e o Governo Federal. O Estado (de Minas Gerais) está jogando a conta para os municípios e não está assumindo a responsabilidade dele”, finaliza a presidente do Conselho de Saúde de Barbacena. 

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