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“A VACINA É A ÚNICA ESPERANÇA QUE A GENTE TEM”, DIZ VACINADO

José Irimar Santana foi o primeiro vacinado contra a Covid-19 em Santa Cruz de Minas. Foto: divulgação/ Prefeitura Municipal

Kamila Amaral
Notícias Gerais

O técnico em Enfermagem José Irimar Santana foi a primeira pessoa a ser vacinada contra a Covid-19 em Santa Cruz de Minas. Atuando como vacinador na cidade há mais de dez anos, Irimar é um dos oito profissionais de saúde que serão vacinados com as primeiras 16 doses entregues na cidade. 

Irimar nasceu em São Tiago, mas foi criado em São João del-Rei. Em seus trinta anos de profissão, já atuou na Santa Casa de Misericórdia de São João del-Rei e em laboratórios da cidade. 

“Eu participei da primeira campanha de vacinação que aconteceu no Brasil contra a Poliomielite, eu participei dela, mas na época como estagiário”, conta Irimar.

Ao descrever as emoções de ser o primeiro vacinado em Santa Cruz de Minas, o técnico em Enfermagem enfatiza sentimentos conflitantes. Apesar da felicidade de receber o imunizante, ele se sente frustrado pelo público em geral ainda não estar sendo vacinado.

“Eu tenho meu pai de 94 anos. Estou preocupadíssimo com ele, quero vaciná-lo e não tem vacina pra ele. Então, é um sentimento de estar feliz ao mesmo tempo um pouco frustrado por a vacina estar só começando”, sinaliza Irimar.

Apesar da angústia da vacinação ainda não ser em massa e da espera de que seja desenvolvido algum medicamento para tratamento da Covid-19, o profissional de saúde enfatiza sua crença na ciência e no imunizante como “a única esperança que a gente tem”. 

“O que eu diria é que essas pessoas tem que acreditar na ciência, não tem outra esperança. Se alguém me apresentar outra opção de luta contra o vírus, que tenha respaldo científico, tudo bem, mas não existe outra”

Negacionistas

Com uma década de trabalho imunizando a população de Santa Cruz de Minas contra diversas doenças, Irimar afirma ainda se surpreender com o movimento negacionista e anti-vacina. Para ele, “o mundo tinha que estar comemorando a vacina”. 

“O que eu diria é que essas pessoas tem que acreditar na ciência, não tem outra esperança. Se alguém me apresentar outra opção de luta contra o vírus, que tenha respaldo científico, tudo bem, mas não existe outra”, declara.

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